Uma visita surpresa do Ministério Público Estadual ao Pronto Socorro João Paulo II em Porto Velho desmontou o teatro criado pelo governador Confúcio Moura, de que estaria tudo bem no nosocômio na sua administração.

Pessoas deitadas nos corredores, falta de remédios e profissionais foram detectadas pela inspeção.
Mesmo com este problema crônico na saúde do estado, Confúcio Moura quer dar isenção de ICMS de cerca de 600 milhões de reais para as obras das Usinas do Madeira. Dinheiro que dava para construir hospitais, postos de saúde, escolas e estradas.
Para piorar a questão, fontes ligadas a Assembléia Legislativa dão conta que o decreto de isenção, quando chegar para analise dos deputados vai passar nas votações.
Rápido, rasteiro e sem discussão.
Fica a pergunta hipotética. Quanto valeria para deputados e governantes uma suposta propina para a isenção de ICMS para as Usinas? E na saúde, o Jornal Nacional vai voltar ao PS João Paulo II?
Após inspeção no Pronto-Socorro João Paulo II na tarde desta quinta-feira (30), o Promotor de Justiça da Saúde, Hildon de Lima Chaves, marcou reunião com a presença do Secretário de Estado da Saúde, Orlando Ramires, e demais dirigentes da área, com o objetivo de que sejam estabelecidas providências urgentes para resolver os problemas de superlotação e de falta de medicamentos na unidade. O encontro deve ocorrer às 10h, desta sexta-feira (1º), na sede do Ministério Público de Rondônia.
"Em dois e meio a frente desta promotoria eu nunca vi o João Paulo II em estado tão crítico. Os pacientes dormem como em beliches, com colchões no chão colocados em baixo das camas. Fiquei estarrecido com o que vi e isso não pode continuar assim" – disse o promotor.
