|
O médico veterinário Gilson Rios, do Cetas, acredita que o filhote estava sendo criado como animail doméstico, já que é muito dócil. “Não é normal que filhotes de felino sejam dóceis, e neste caso, o Dodge é bem mansinho e carinhoso”, conta.
Dodge, como o animal foi apelidado pelo veterinário, pesa dois quilos e se alimenta somente com mamadeira feita de uma mistura especial para suprir as necessidades nutricionais da espécie. A oncinha come a cada três horas. O filhote foi encontrado com 1,5 quilo, saudável e sem sinais de maus-tratos, e vai permanecer no centro até o desmame, que acontece entre os quatro e seis meses. Depois de desmamado, o Cetas vai entrar em contato com zoológicos que queiram receber o filhote e então será enviado em transporte adequado de avião até o lugar.
O filhote é deixado a maior parte do tempo isolado para ajudar a aflorar seus instintos. No recinto em que ele fica, foi colocado um tronco de madeira para ele arranhar e bichos de pelúcia. “O bicho de pelúcia é como se fosse um irmão para o animal, ajuda a desenvolver e estimular a coordenação motora do filhote e a capacidade de explorar o ambiente a sua volta”, explica o veterinário.
Gilson afirma que quando um filhote é encontrado, sua volta para a natureza é mais difícil, só é possível sua reintrodução natural através de um programa específico que alguns centros do país realizam.
O macho da onça parda, ou suçuarana como também é conhecida, pode atingir os 100 quilos e 4,5 metros de comprimento da cauda à cabeça. Os filhotes, como o Dodge, nascem com a pelagem pintada, e a partir dos seis meses começa a adquirir uma pelagem mais amarronzada, característica da espécie.
